BAIXO IMPÉRIO
Em finais do século II d.C., após o abandono do sítio romano do Mileu, não se revelaram grandes evidências de ocupação deste assentamento. Apenas em meados do século III ou inícios da centúria seguinte o local é novamente ocupado, embora nesta fase apenas tenham sido alvo de construção áreas muito concretas: na colunata (Edifício E) e a zona a norte do Edifício B (Edifício G).
O Edifício E, corresponde a uma singela construção, assente sobre as estruturas de período anterior, nomeadamente a colunata alto-imperial, e apresentaria um pavimento em saibro, sobre o qual foram detetados fragmentos de terra sigillatahispânica tardia (cuja fragmentação não permite uma atribuição tipológica). Assim, poderemos apenas colocar como hipótese tratar-se de uma estrutura do século III d.C./IV, de funcionalidade indeterminada.
Já o Edifício G, do qual se identificaram quatro compartimentos, foi implantado sobre uma conduta de drenagem de águas alto-imperial, a norte do edifício do século II d.C., reaproveitando na construção a fachada norte destaestrutura.
O edifício baixo-imperial denuncia, uma vez mais, uma construção singela, tendo como elemento central de um dos compartimentos uma lareira, rodeada por um piso de saibro, também existente nos restantes compartimentos identificados.
Relacionado com este horizonte cultural, foram encontrados escassos materiais arqueológicos, descontextualizados e dispersos pelo sítio arqueológico, como os fragmentos de terra sigillata norte-africana Clara D, os de cerâmica de cozinha africana, ou os de terra sigillata hispânica tardia.